O encerramento do 33º Congresso Brasileiro dos Fundos de Pensão, nesta sexta-feira (26), em São Paulo (SP) , foi marcado pela fala do professor do Instituto de Ensino e Pesquisa Insper, Eduardo Gianetti. “Precisamos aprender a poupar mais e mais cedo”, pontuou. De acordo com Gianetti, a tendência de taxas menores de juros no mercado brasileiro representa uma realidade até certo ponto permanente na economia do país e que exige uma diversificação de investimentos tanto por parte dos setores aberto quanto fechado de previdência complementar.
Segundo o professor, o cenário atual de redução de juros é uma conquista resultante de um processo de estabilização econômica, que vem desde a implantação do Plano Real, no início dos anos 90. Segundo Gianetti, os planos de previdência precisam investir também em produtos para as classes C e D.
De acordo com o coordenador-geral de Análise Econômico-Fiscal de Projetos de Investimento Público do Ministério da Fazenda, Hailton Almeida: “o cenário de queda de juros atual estimula diversificação nas oportunidades de investimentos no país que, nos próximos anos, devem surgir principalmente nos setores de infraestrutura”. O coordenador destacou o propósito do Governo de garantir segurança para aqueles que invistam nesses projetos. Almeida lembrou alguns programas em desenvolvimento pelo Governo Federal, como o pacote de concessões de rodovias e o programa de ferrovias.
Segundo Carlos Takahashi, presidente da BB DTVM – a gestora de fundos de investimento, varejo e renda fixa do Banco do Brasil – há necessidade de aumento da oferta de ativos privados no mercado brasileiro, aliado ao amadurecimento dos produtos estruturados, da diversificação setorial da Bovespa, além de ajustes legais. Para os fundos de pensão, Takahashi defendeu diversificação de investimentos, ampliação da parcela de risco, investimentos no exterior e adequação de metas atuariais.
Evento
O Congresso Brasileiro dos Fundos de Pensão, que terminou nesta sexta-feira (26), é o maior evento do setor de previdência complementar do país, promovido anualmente pela Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp). Em 2012, o Congresso, que chegou a sua 33º edição, trouxe como tema “Inovação para um novo tempo”. A iniciativa reúne as principais autoridades, empresários, financistas e dirigentes ligados ao setor. Este ano, mais de 3,7 mil pessoas participaram do evento.
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Ana Carolina Melo
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Ascom/MPS
Data: 29/10/2012