A Tábua de Sobrevivência Bidimensional, que teve seu esboço concluído pelo prof. Rio Nogueira no ano em que faleceu (2005) e foi revista pelo prof. Kaizô Beltrão, da Fundação Getúlio Vargas, está concluída e pronta para ser lançada ainda neste primeiro trimestre. A informação é de Julieta Josef Daiub Elias, viúva de Nogueira, reconhecido como um dos maiores atuários do País e que desenhou atuarialmente muitos dos primeiros fundos de pensão e que hoje estão entre os maiores do País.
“Rio Nogueira sabia que as tábuas que vem sendo utilizadas logo precisariam de alternativas”, observa Julieta.
A nova tábua já foi apresentada pelo Professor Kaizô na SUSEP, PREVIC, 33º Congresso Brasileiro dos Fundos de Pensão, Congresso Brasileiro e Pan Americano de Atuária e Congresso da Ancep. Agora, está pronta para ingressar em sua fase operacional.
A originalidade da tábua bidimensional do prof. Rio Nogueira está relacionada primeiramente à utilização de dados de uma entidade brasileira de previdência privada. “São muito poucas as tábuas existentes baseadas em experiências nacionais e nenhuma leva em conta um período tão longo de dados e uma população tão expressiva quantitativamente”, explica Kaizô. Ele entende que um número expressivo de entidades utiliza tábuas estrangeiras relativas a populações com perfis de morbidade e consequentemente de mortalidade não obrigatoriamente do mesmo padrão que o brasileiro.
A segunda diferença está na incorporação do improvement (melhoria na sobrevivência da população) embutido na segunda dimensão (incremento temporal) da tábua. O professor havia concluído que, para se estimar de forma mais precisa as expectativas de vida de um grupo ao longo do tempo, seria necessário considerar não só a idade dos indivíduos, mas também a época a que esta estimativa se referia.
Fonte: Diário dos Fundos de Pensão
Data: 29/01/2013