Caros Participantes e Assistidos:
Muito tem sido falado nos últimos dias, inclusive por meio da imprensa, sobre a Usiminas. Diante disso, em respeito aos Participantes e Assistidos, nós da Previdência Usiminas, nos dirigimos a vocês e suas famílias para transmitir os fatos e esclarecer a realidade.
Neste momento, em especial, é preciso serenidade, união e determinação para enfrentar a desafiadora situação da empresa. Estamos convictos de que será com esses elementos que a Usiminas se reerguerá. Portanto, vamos aos fatos:
– O Conselho de Administração da Usiminas, na reunião de 25/5/2016, decidiu (1) promover algumas mudanças na composição da Diretoria da Usiminas, (2) tornar a Diretoria efetiva, retirando sua interinidade, e (3) reduzir o número de diretores, o que evita que futuras nomeações aumentem os custos da empresa.
– A Previdência Usiminas e os demais acionistas não votam nas reuniões do Conselho de Administração. O Conselho de Administração é composto por pessoas físicas eleitas na Assembleia Geral de Acionistas e são estas pessoas que votam nas reuniões.
– A Previdência Usiminas e os Grupos Nippon e Ternium votam na Reunião Prévia de Acionistas, que ocorre antes das Reuniões do Conselho de Administração.
– Nas reuniões de acionistas, a Previdência Usiminas sempre conclamou os Grupos Nippon e Ternium para que chegassem a um acordo em relação às matérias apreciadas, incluindo o tema da eleição de Diretoria, pois a empresa estava com uma Diretoria interina desde 2014, justamente no momento mais crítico de sua história.
– Na reunião prévia, mais uma vez, a Previdência Usiminas pediu que os Grupos Nippon e Ternium se esforçassem ao máximo para alcançar um acordo. Esta sempre foi a nossa posição: apoiar um acordo entre os Grupos Nippon e Ternium, desde que, obviamente, ele seja feito no melhor interesse da Usiminas, acima de qualquer outro.
– A Conselheira titular indicada pela Previdência Usiminas jamais esteve ausente a qualquer deliberação anterior e esteve também presente e disponível para participar das reuniões de 12 e 19 de maio de 2016, que foram adiadas em virtude de impedimentos judiciais de última hora. No entanto, tal Conselheira não participou de nova reunião, a qual não estava programada no calendário anual aprovado pelo próprio Conselho de Administração, em função de compromisso inadiável e há muitos meses agendado. Vale salientar que o Conselheiro suplente esteve naturalmente disponível para substituí-la e prontamente participar da Reunião de 25/5/2016, o que de fato ocorreu. É importante ainda esclarecer que todos os Conselheiros titulares são eleitos na Usiminas juntamente com um suplente, que tem a atribuição de atuar em casos de ausência e impedimentos temporários dos respectivos titulares.
– Conforme pudemos constatar posteriormente, o voto proferido pelo Conselheiro suplente indicado pela Previdência Usiminas evidenciou que aquele Conselheiro votou naquilo que ele entendeu ser o melhor para a Usiminas. Em seu voto ele explicou que o proferiu livremente e no melhor interesse da empresa conforme a orientação do Presidente do Conselho de Administração na ocasião, com base em decisões da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Por fim, o Conselheiro levou em consideração também o voto do Conselheiro eleito pelos empregados e aposentados no Conselho de Administração e de todos os demais Conselheiros, que também votaram pela mudança na Diretoria. Os únicos Conselheiros que não votaram pela eleição da atual Diretoria foram os indicados pela Nippon, enquanto os Conselheiros indicados pela CSN se abstiveram.
– No passado, já ocorreram situações em que os Conselheiros indicados pelos acionistas de controle votaram de forma livre, ou seja, sem observância do Acordo de Acionistas. Foi assim, por exemplo, na eleição da Diretoria interina (Conselheiros indicados pela Nippon votaram livremente) e no aumento de capital recém aprovado (Conselheiros indicados pela Nippon, Ternium e Previdência Usiminas votaram livremente). Tais fatos são de extrema relevância para demonstrar que, apesar das manifestações de parte a parte, tanto Conselheiros indicados por Nippon quanto por Ternium entenderam que, em alguns casos, não se deve seguir o Acordo de Acionistas, devendo ser priorizado o dever de sempre buscar o melhor para a Usiminas.
Nesse sentido, na condição de acionista, a Previdência Usiminas sempre teve um único lado: o da Usiminas. Como representante de milhares de participantes, não cabe à Previdência Usiminas defender os interesses deste ou daquele grupo e sim perseguir, naquilo que lhe compete, o melhor para a Usiminas.
Agora é trabalharmos juntos, apoiando a Usiminas da melhor forma, para que ela possa encontrar nos empregados e aposentados – que ajudaram a construir a sua história – a força necessária para voltar a crescer.
Na expectativa de que tenhamos levado esclarecimentos aos nossos Participantes e Assistidos, colocamo-nos à inteira disposição para eventuais dúvidas e/ou esclarecimentos que digam respeito à Previdência Usiminas.
Belo Horizonte, 15 de julho de 2016
Previdência Usiminas